terça-feira, 12 de novembro de 2013

Exportações aumentam 5,8% e importações 3,6% no 3.º trimestre

As exportações portuguesas aumentaram 5,8% e as importações subiram 3,6% no terceiro trimestre, face ao mesmo período de 2012, tendo o défice da balança comercial recuado 137,3 milhões de euros, divulgou, esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística.

Segundo os dados do comércio internacional (total do comércio intra e extra-União Europeia) de bens do Instituto Nacional de Estatística (INE), esta evolução traduziu-se num aumento da taxa de cobertura de 1,6 pontos percentuais (p.p.), para 81,3%, no terceiro trimestre.
 
No conjunto dos três primeiros trimestres de 2013, e relativamente ao mesmo período do ano anterior, as exportações aumentaram 4,0% e as importações registaram uma variação nula, determinando uma taxa de cobertura de 84,1%.

Já considerando apenas o mês de setembro deste ano, e face ao mês homólogo de 2012, as exportações de bens aumentaram 9,8% e as importações de bens 3,7% (respetivamente -0,5% e -3,8% em agosto de 2013).

De acordo com o INE, o aumento das exportações em setembro foi "devido à evolução quer do comércio intra-UE quer do extra-UE" e refletiu acréscimos na quase totalidade dos grupos de produtos, com destaque para os combustíveis minerais.

Quanto às importações, aumentaram 3,7% face a setembro de 2012, pois o acréscimo no comércio intra-UE (em quase todos os grupos de produtos, mas sobretudo nos veículos e outro material de transporte, metais comuns e produtos químicos) "mais que compensou" a redução do comércio extra-UE (fundamentalmente dos combustíveis minerais).

Analisando as variações mensais, em setembro as exportações aumentaram 18,7% face a agosto, em resultado principalmente da evolução do comércio intra-UE e as importações aumentaram 14,4%.

Segundo nota o INE, "no mês de setembro o comércio internacional regista tradicionalmente acréscimos face ao mês anterior, devido à paragem de laboração de algumas empresas no período de férias (agosto)".

Considerando apenas o comércio intra-UE, no terceiro trimestre as exportações aumentaram 6,0% e as importações 6,1%, face ao período homólogo de 2012, a que corresponde um défice de 2.019,7 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 80,0%.

Em setembro, as exportações aumentaram 6,8% face ao mesmo mês de 2012, enquanto as importações aumentaram 6,3%.

Em relação ao mês anterior, as exportações aumentaram 25,7% em setembro de 2013 e as importações aumentaram 20,6%.

No que respeita ao comércio extra-UE, no terceiro trimestre e face ao período homólogo de 2012, as exportações aumentaram 5,4% e as importações diminuíram 1,9%, a que correspondeu um défice de 644 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 84,6%.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 6,0% e as importações diminuíram 4,0%, face ao período homólogo.

O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um excedente de 1.219,2 milhões de euros, a que correspondeu uma taxa de cobertura de 170,3%.

Considerando apenas o mês de setembro, as exportações para os países terceiros aumentaram 17,6% face a setembro de 2012 e as importações diminuíram 2,2%, tendo evoluído 4,8% e 1,3%, respetivamente, face a agosto.

Numa análise por grandes categorias económicas, no terceiro trimestre destacam-se os acréscimos homólogos nas exportações de combustíveis e lubrificantes (+29,7%), bens de consumo (+7,1%) e máquinas e outros bens de capital e seus acessórios (+5,8%).

No mesmo período, salientam-se os aumentos nas importações de produtos alimentares e bebidas (+5,3%), combustíveis e lubrificantes (+4,6%) e máquinas, outros bens de capital e seus acessórios (+4,5%).

Número recorde de empresas portuguesas levam o vinho esta semana a Xangai

Um número recorde de cerca de 70 empresas portuguesas vinícolas e alimentares participa numa grande feira internacional do setor em Xangai, a partir da próxima quarta-feira, ao lado de mais de mil expositores de dezenas de países.

É a maior participação portuguesa na "Food and Hospitality China" (FHC China), certame que vai já na 17ª edição, e parece confirmar o crescente interesse das empresas de Portugal pelo maior mercado do mundo.

Nos últimos quatro anos, as exportações de vinhos portugueses para a China triplicaram, somando 8,494 milhões de euros no primeiro semestre de 2013. Se a tendência se mantiver, no final deste ano, o volume total deverá atingir cerca 17 milhões de euros, contra apenas 8,5 milhões em 2010.

A participação recorde de empresas portuguesas na "FHC China 2013" coincide com o anunciado empenho do governo chinês de converter o consumo interno no novo motor do crescimento económico do país e aumentar as importações, aproveitando a acentuada valorização do yuan face ao euro e ao dólar norte-americano.

Segunda economia mundial, logo a seguir aos Estados Unidos, a China continua a crescer acima dos 7,5% ao ano e possui as maiores reservas cambiais do planeta, estimadas, em setembro passado, em 3,66 biliões de dólares (2,65 biliões de euros).
A "FHC China 2013" decorre até à próxima sexta-feira.

Na edição do ano passado, que reuniu 1.500 expositores de 70 países e regiões, o certame atraiu cerca de 30.000 profissionais do setor.

VINHOS DE LISBOA são os mais consumidos na Noruega

Os noruegueses procuram, cada vez mais, os vinhos portugueses e a prova disso é o 8º lugar alcançado por Portugal no ranking de países exportadores para aquele mercado, resultados que têm vindo a aumentar de ano para ano e que, em 2012, registaram um valor de cerca de 2 milhões e 300 mil litros comercializados.
Segundo dados da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa), os vinhos desta região são os que mais têm contribuído para colocar Portugal no ranking dos grandes exportadores para a Noruega.

“Em 2012, ano de algum crescimento, 61 por cento do total de vinhos portugueses exportados para a Noruega foram da Região de Lisboa, que, ao todo, comercializou mais de 1 milhão e 400 mil litros”, afirma Vasco d’Avillez, presidente da CVR Lisboa.

O consumo de vinhos portugueses na Noruega tem crescido, sobretudo, no segmento de brancos, onde se registou um aumento de 17,3 por cento nos primeiros 6 meses de 2013 face ao período homólogo anterior.

“As exportações dos Vinhos de Lisboa acompanham esta tendência de crescimento dos vinhos portugueses, com um grande aumento no consumo dos vinhos brancos, mas a nossa grande base de negócio continua a ser o vinho tinto”, mantendo uma presença que vem dos anos 50, quando ambos os países pertenciam à EFTA, explica o responsável.

O perfil do consumidor norueguês justifica esta tendência nos hábitos de consumo, uma vez que prefere bebidas com um menor teor alcoólico.

“O consumidor norueguês é cada vez mais cuidadoso com o teor alcoólico do vinho e esse perfil permite-nos prever algumas tendências de consumo. É esperado que, no médio e longo prazo, as vendas de vinho tinto baixem alguma coisa e que as vendas de brancos, sobretudo, e depois de rosés e espumantes aumentem”, refere Vasco d’Avillez.

Esta tendência pode ser mais um fator de sucesso para os Vinhos de Lisboa, uma vez que é uma das duas únicas regiões portuguesas que produz vinho leve, um vinho que tem um teor alcoólico baixo, entre 9 e 10ºgraus.

O vinho português mais vendido da Noruega é, também ele, da região de Lisboa, sendo que o Vidigal Reserva 2010, vinho tinto, ocupa o 15º lugar no ranking dos 20 vinhos de garrafa best-sellers neste mercado.

Uma vez que os vinhos da região de Lisboa são os que mais contribuem para os resultados das exportações, conseguidas pelos vinhos portugueses na Noruega, a CVR Lisboa vai receber entre hoje, segunda-feira, dia 11 de novembro, e a próxima sexta-feira, dia 15, a equipa de compradores de vinho do monopólio da Noruega que estão interessados em aumentar o volume de importação destes vinhos no seu mercado.

Durante os 5 dias da visita são 9 os produtores da CVR Lisboa que os Compradores do Monopólio identificaram para serem visitados.

No dia 14, quinta-feira, será feita por estes técnicos uma Prova de cerca de 100 vinhos de mais de 20 produtores da Região Lisboa, com a qual se encerra a visita.